quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Um tanto indelicada
Algumas vezes áspera
Rígida
As vezes bruta

Alguns até pensam que sente apenas um vazio
Que em seu peito não mora ninguém
Que não pensa em ninguém
Que é sádica

Toda essa máscara é sustentada por um medo
Medo do seu lado frágil
Lado esse que quando ela deixa aparcer é quebrado
Desperdiçado

É cansativo sustentar toda essa aspereza
Mas é necessário
Não quer ver seus pedaços outra vez
Não quer mais juntá-los
Não agora

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sinto meu peito queimar
Um calor
Um arrepio
Um arrepio quente

Suspiro como se possuísse o mundo
Nada possuo
Mas sinto essa posse
Sinto com fervor

Tudo mistura-se com uma felicidade inexplicável
Apenas é possível sentir
Sem muito o que descrever

Sei que queima
Arde
Me transforma
Faz enlouquecer

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

É bom poder respirar outra vez
Caminhar sem ter medo de tropeçar
Correr sem ter medo de cair
Seguir

É bom sentir-se mais leve
Mais segura
Sem tensão
Sem pudor

É bom abrir os olhos
Ver que o mundo era mais do que se pensava
Perceber que a vida tinha mais do que se esperava
É bom

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cansada de andar sem rumo
De juntar os cacos
De me remendar
Cansada de pensar o que será

Não sei bem para onde ir
Nem o que vai ser
Não sei onde parar
Estou apenas indo