sábado, 17 de setembro de 2011

Sei que estou errada
Sei que irrito
Que reclamo sem motivos
E falo sem pensar

Digo bobagens a esmo
Sei que é pouca a tua paciência
Depois de tudo
Confesso que ela é muita

Se quero ficar perto
Por que faço coisas que o afastam?
Se quero ouvir que me amas
Por que pergunto o contrário?

Estou fora de mim
Por que deixo o medo falar?
Por que não consigo mostrar o quanto é importante pra mim?
Continuo a mesma egoísta doente

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quando ele me deixou
Senti uma parte de mim ir embora
A melhor parte de mim
E eu não podia fazer nada

Todos os sentimentos sombrios vieram à tona
O medo me deixou transtornada
Senti o desespero me levar
Fiquei em choque

Sentia meu coração dilacerado
Minha pele enrubesceu
Gritei
Estava aos prantos

A única coisa que queria
Era a parte de mim que haviam levado
Nem me perguntaram nada
Apenas a arrancaram

Era como se algo estivesse morrendo dentro de mim
Senti que nunca mais poderia abraçá-lo
Nem beijá-lo
Não poderia provocar um sorriso

Meu único desejo era ele
Que me deixou se fazendo de valente
Mas saiu com lágrimas nos olhos
Suas palavras eram frias

Sua expressão não o deixou negar de que não estava certo do que fazia
Saiu correndo
Nem me esperou falar
Meu maior medo era deixar morrer a melhor parte de mim

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sinto falta dos teus beijos e abraços
Sem porque
Sinto falta da tua espontaneidade
Sinto falta dos teus elogios

Sinto falta da tua calmaria
Do teu desejo
Do teu afeto
E da tua companhia

Sinto falta de me sentir importante
Sinto falta de ser alguém
Sinto falta de fazer falta

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quando somos só nós dois
Não me preocupo com nada
Não ouço barulhos
Ouço apenas sua voz

Quando somos só nós dois
Sinto-me segura
Confortável
Amada

Quando somos só nós dois
Meu olhar fica meloso
Meu sorriso fica bobo
Minha voz fica engraçada

Quando somos só nós dois
Tudo ao redor parece eterno
Tudo parece perfeito
E o tempo parece voar

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Parece que não me ouviu dizer que não sou veludo
Não estou sempre "pisando em ovos"
Também não sou sempre espinhos
Nem sempre controlo a raiva

Parece que esqueceu que sou friável
Não vê que aos poucos está parando de se importar
Pequenas coisas você deixa de fazer
Pequenos detalhes que me fazem sofrer

Reclama do meu drama
Mas apenas saliento o que você deixa passar
Apenas mostro o que me incomodou
Não percebe, mas você está parando de me amar
Constantemente preciso dizer o que está errado
Pare de me esperar
Comece a perceber
Me evite chorar

quarta-feira, 9 de março de 2011

Não sei onde se perdeu
Não sei onde se escondeu
E toda aquela segurança
Não sei onde esqueceu

Todos aqueles conceitos
Toda sua firmeza
Todo seu valor
Aquela sua honra

Ao longo do caminho se dissipou
Se tornou apenas pedaços
Não pode reaver nenhum deles
O vento e o tempo apagaram o caminho de volta

Lembra o que era
Lembra como era
Gostava de tudo
Mas não sabe voltar

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Relembro o Impulso. sexta-feira, 29 de maio de 2009

Não me arrependo um segundo sequer daquele momento
Mesmo com medo
Arrisquei
Quis correr, fugir

Não sabia o que seria depois daquele dia
Na quarta arrisque e na sexta tive muito medo
Achei ter colocado tudo a perder
Pensei ter perdido a melhor das rosas

Até hoje ela sobrevive em meu jardim
Há dias com chuva, claro
Mas os dias com sol são os melhores
Pensam que só há chuva

Os dias com chuva
São os que eu reclamo mais
Os dias em que o sol aparece
Apenas curto ao máximo o seu brilho

Não me escuta falar do sol
Mas sempre estou com ele
Prefiro o sol
Mas note que é inevitável a chuva

Não me arrependo daquela quarta-feira
Não esqueço
Senti tanto medo
Mas fui tola

Depois daquele dia redescobri meu sorriso
Reaprendi a abraçar
Lembrei que há um coração por aqui
E o senti vivo

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As vezes passo o dia inteiro esperando o sol aparecer
Esperando que ele me dê alguma notícia
Geralmente quando me diz que o dia ficará nublado
Chove o tempo todo

Com a chuva
Cai meu pranto
Fico apenas esperando o dia seguinte
Espero para saber se o sol me fará sorrir

Quando decido me conformar com a chuva
O sol diz que vai aparecer
E me chama para sorrir
Mas por que só quando desisto?