terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Olhe as minhas mãos
Há tanto nelas que mal posso carregar
Até penso em deixar tudo
Mas sempre suporto algo mais

Olhe os meus olhos
Estão tão inchados que mal posso enxergar
Eles pesam ao piscar
Penso que uma hora não irão voltar

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tento falar
Mas não tenho voz
Tento gritar
Mas não tenho voz

Fico abismada
Todos me veem
Mas nenhum deles é capaz de me ouvir
Quero avisar

Mas só eu ouço meu grito
Se expandindo dentro de mim
Devem ser os fones
Só escutam o que querem

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Veio repentinamente uma grande paz
A minha paz
Sozinha não poderia alcançar
Então a trouxe aqui

Fiquei rindo sem saber o porquê
Uma tranquilidade imensa invadiu meu quarto
Sorri
Aproveitei cada segundo dela

Tanto sossego
Me abracei
Chorei de alegria
Era o meu momento de paz outra vez

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Cuidado ao ler
Por favor
Não pense que todo esse fardo é você
As vezes sou o sorriso falso para esconder as lágrimas
Se canso é de mim mesma
Nunca reclamaria de você
O fardo sou eu em minhas próprias costas
É você quem ajuda a me levar
Não pense que o fardo é você
O fardo sou eu
O apoio é você

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cansada
Mas ainda caminhando
Coração dilacerado
Quer seus remendos

Por que toda essa aflição de volta?
Cansada do falso sorriso
Procurava um ombro para chorar
Hoje chora no escuro para não incomodar

Antes contava tudo a um alguém
Sempre havia um coitado para escutar seus lamentos
Hoje escreve nos muros
Para que suas palavras sejam ignoradas