Não tinha a mínima vontade de compartilhar seus pensamentos
Mas foi obrigada a conversar com ela
O que pensava ou sentia
Queriam saber
Não falou nada
Disse coisas sem sentido
Que foram anotadas
E levadas a sério
Depois de tantas frazes sem nexo
Partiu sem dizer o porquê
Foi chamada para que tivessem uma última conversa
Fingiu não ouvir e continuou a caminhada
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Clarice
Depois de arrumar a casa
Percebi uma vontade louca de sair pelas ruas
Correr e Gritar
Com o sol ou a chuva lá fora
Queria que o sol me queimasse
Queria que a chuva me encharcasse
Queria sair e correr
Mas Clarice
Quando notei a casa bagunçada
Percebi as mesmas vontades
Acompanhadas do medo
Queria correr e gritar
Não queria que o sol me queimasse
Nem que a chuva me encharcasse
Clarice, como atravessar o jardim e chegar ao portão?
Depois de arrumar a casa
Percebi uma vontade louca de sair pelas ruas
Correr e Gritar
Com o sol ou a chuva lá fora
Queria que o sol me queimasse
Queria que a chuva me encharcasse
Queria sair e correr
Mas Clarice
Quando notei a casa bagunçada
Percebi as mesmas vontades
Acompanhadas do medo
Queria correr e gritar
Não queria que o sol me queimasse
Nem que a chuva me encharcasse
Clarice, como atravessar o jardim e chegar ao portão?
domingo, 23 de agosto de 2009
[2]
É como dar-me um chocolate
E me pedir para não comê-lo
É me deixar horas no sol
E pedir-me para não sentir sede
É impossível resistir ao chocolate
Impossível não beber a água
Se me pede para não fazê-lo
Sentirei raiva
Mas sempre disfarçarei
E me pedir para não comê-lo
É me deixar horas no sol
E pedir-me para não sentir sede
É impossível resistir ao chocolate
Impossível não beber a água
Se me pede para não fazê-lo
Sentirei raiva
Mas sempre disfarçarei
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Walter
Quem olha de longe
Vê sempre um sorriso
Pensa que não tem tempo ruim
Imagina que há sempre um sorriso
Quem tem o prazer de conhecer
Vê que não é sempre um sorriso
Que o sorriso desmancha quando não é notado
Quando um abraço é negado
Sempre percebe quando o sorriso desmancha
Mas muitas vezes acha tarde para reaver
Então prefere esquecer
E provocar um novo sorriso
É muito triste desmanchar um sorriso
Ainda mais quando é tão lindo
Gosto de admirá-lo
É perfeito quando ele acontece
Vê sempre um sorriso
Pensa que não tem tempo ruim
Imagina que há sempre um sorriso
Quem tem o prazer de conhecer
Vê que não é sempre um sorriso
Que o sorriso desmancha quando não é notado
Quando um abraço é negado
Sempre percebe quando o sorriso desmancha
Mas muitas vezes acha tarde para reaver
Então prefere esquecer
E provocar um novo sorriso
É muito triste desmanchar um sorriso
Ainda mais quando é tão lindo
Gosto de admirá-lo
É perfeito quando ele acontece
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Pequeno baú de porcelana
Guarda palavras de muitas pessoas
Há palavras boas e ruins
As más palavras são tantas que mal se pode perceber as boas
Todos que por ele passam
Deixam algumas palavras
Meu Deus, ele irá quebrar!
Já foram arrancadas algumas lascas
Ninguém percebe suas rachaduras
Só querem saber se suas palavras estão lá
Querem um lugar para elas
Mas longe deles
O julgam forte
Já guardou tantas palavras e não se quebrou
Pensam que ainda suporta mais
Meu Deus, ele irá quebrar!
Guarda palavras de muitas pessoas
Há palavras boas e ruins
As más palavras são tantas que mal se pode perceber as boas
Todos que por ele passam
Deixam algumas palavras
Meu Deus, ele irá quebrar!
Já foram arrancadas algumas lascas
Ninguém percebe suas rachaduras
Só querem saber se suas palavras estão lá
Querem um lugar para elas
Mas longe deles
O julgam forte
Já guardou tantas palavras e não se quebrou
Pensam que ainda suporta mais
Meu Deus, ele irá quebrar!
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